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23 de jan. de 2012

[Y12P04] Conteúdo Online: vantagem ou empecilho?

Janeiro de 2012 nem terminou e já pode ser considerado o mês mais tenso dos últimos 12 anos... ou não.

Tudo porque o Congresso Norte-americano tentou votar 2 leis que serviriam como uma caça às bruxas - neste caso, quem disponibiliza conteúdo ilegal na Internet. Citei no post anterior o SOPA e o PIPA, 2 projetos que poderiam também mexer profundamente com a liberdade de expressão na Internet, embora a alegação seria a de barrar conteúdo ilegal. O mais triste é que poderíamos ser vigiados até se colocarmos conteúdo legal. O presidente Barack Obama fez o favor de vetar essas leis do jeito que estavam, e espero que haja bom senso da parte de quem desenvolveu leis como estas, não pra eliminar de vez os projetos, mas para elaborar alternativas para divulgarem filmes e artistas sem prejuízo algum para eles.

Recentemente o Megaupload - servidor de arquivos online mais famoso do mundo - foi fechado com a alegação de violar direitos autorais e disponibilizar filmes, e seus criadores presos. Digo com todas as letras: não é assim que a pirataria vai acabar, porque poderão surgir outros 50 servidores iguais ao MU no mundo, sem falar outras formas de distribuição que os poderosos alegam serem ilegais. Definitivamente, existem coisas mais importantes a serem discutidas do que pegar quem coloca, por exemplo, qualquer suposto teaser do último filme da Saga Crepúsculo, que ainda nem foi lançado.

Não sou defensor da pirataria porque muitos precisam da sua parte no envolvimento na produção de um disco, ou de um filme, ou de um software. O problema está no quanto que a gente paga por isso - especialmente no Brasil, onde 60% do valor de um DVD compõe-se de impostos. CD nem se fala porque nem todo mundo pode pagar R$ 26,00 no último disco do Michel "Ai Se Eu Te Pego" Teló, por isso recorrem ao download por várias vias. Que tal se quem lida com cinema ou música pudesse explorar outras alternativas? Um exemplo clássico é o da banda Radiohead, que lançou inicialmente o álbum "In Rainbows" em 2007 no site deles, e cujo valor cobrado por faixa seria o quanto o consumidor - eventualmente fã da banda - quisesse pagar. No final o álbum digital foi um sucesso e o CD, lançado no mesmo ano, atingiu o topo das paradas, a despeito das antigas profecias que diziam que a banda teria um baite prejuízo - vendeu bem mais que o álbum anterior do grupo na época, "Hail To The Thief", o último do contrato que eles tinham com uma grande gravadora.

E um dos defensores da venda digital - e legal - de músicas era o saudoso Steve Jobs (1956-2011). Visionário como ele era, viu no iTunes mais que um player de música: se tornou uma plataforma para o download legal de músicas - tanto que até Roberto Carlos disponibilizou seus mais de 40 discos no iTunes quando este foi lançado no Brasil no final do ano passado, ele está lucrando com isso e seus fãs ficam com a consciência limpa. Um último exemplo que posso descrever aqui é o Netflix, um dos principais facilitadores de conteúdo legal na Internet. Por uma taxa mensal (aqui no Brasil, R$ 15,00), o usuário pode assistir a quantos filmes der na telha, e o valor é repassado para os responsáveis pelas produções. Há outros sites do gênero, tão populares e tão legais quanto o Netflix, sem que haja dor de cabeça para quem distribui, nem pra quem assiste.

São exemplos de como é possível sim o download legal de músicas e filmes, com boa vontade e excelentes idéias. Basta que os executivos não permaneçam agindo como homens das cavernas e se abram para novas possibilidades - até porque mais interessa o conteúdo do que a caixinha de um CD ou DVD. E, uma sugestão: boas músicas há séculos fora de catálogo bem que poderiam ter seu espaço legalmente, né? Não é porque brasileiro ouve mais Michel Teló, Paula Fernandes e Calypso que não tenho opções de buscar por Earth Wind & Fire, Led Zeppelin, Talking Heads e Duran Duran (sou suspeito pra falar destas duas últimas bandas).

Ah! E bora baixar o preço dos CD's, porque culpar quem faz download ilegal é fácil, né? Até os artistas serão gratos a todos nós. =)


Paz, Amor e Sorrisos! :)
Leandro Passos - Facebook / Google+ / Twitter / Tumblr / GetGlue

18 de jan. de 2012

[Y12P03] Polêmica no BBB12, S.O.P.A. e Gente Intrometida

Vou resumir em razoáveis linhas o porque destes 3 assuntos tão irritantes no titulo acima.


1) Big Brother Brasil é sempre sinônimo de comentários e não podemos fugir disto. Mas ninguém esperava pela maior polêmica já levantada no programa: o suposto estupro após a primeira balada do programa. Todo mundo que assistiu Pay-Per-View se assustou com o que viu entre os membros Daniel e Monique e se apressou em julgar o modelo. Já adianto que não defendo esse cara porque antes da cena ele já falava demais, mas porque ele tinha aquela vontade de afogar o ganso, acabou fazendo errado - e agora tá sendo acusado de estupro, já que dizem que ela estava dormindo, imóvel, no ato. A própria Monique se desencontrou às vezes em palavras, até confirmar a um delegado que nada aconteceu. De todo jeito o coitado foi sumariamente sacado do programa, sem volta, mesmo que a inocência dele seja provada. Mas isso só demonstra claramente que brasileiro julga primeiro pra perguntar depois que for tarde demais. É como se alguém fosse condenado à pena de morte nos Estados Unidos por suposto assassinato e depois da execução acaba sendo provada a inocência dele, enquanto o verdadeiro acusado estava tomando um Don Perignon numa hora daquelas.

2) Hoje, 18/01/2012, é dia de manifestações na internet contra um projeto no Congressso Norte-Americano que pode, segundo analistas, cercear a liberdade na Internet como um todo. O Stop On-line Piracy Act (Parem a pirataria online, ou carinhosamente SOPA) prevê responsabilidade e bloqueio a diversos portais que, segundo quem defende esta lei, divulgam conteúdo protegido por lei - incluindo Wikipedia, Facebook e Google. Mal sabem eles que, assim como as produtoras e gravadoras, eles acham que estarão a reverter os prejuízos causados pela pirataria, quando na verdade podem é ter mais prejuízos do que antes, e milhares de projetos de startups seriam inviáveis com esta lei. Vocês acham que se os teasers da Saga Crepúsculo, de Harry Potter, e celebridades surgidas na web não tivessem sido vazados, essas empresas lucrariam com o sucesso que tiveram? Até a White House (Casa Branca) já avisou que, do jeito que a SOPA está, será sumariamente vetada pelo "owner" Barack Obama.

Juro que este terceiro tópico era um assunto proibido aqui, mas depois do vídeo que eu vi, não poderia deixar de desabafar.
3) Assunto nacional: recebi ontem de uma colega de Fatec um vídeo de um vlogger que divulgou o que pode ser o prenúncio de um golpe no poder executivo: um deputado federal do Estado de Goiás (nem vale a pena divulgar o nome, ou será que devo?), pertencente à bancada evangélica, quer por meio da PEC 99/2011 que as igrejas tenham poderes equivalentes aos de um chefe de estado para alterar e até limar conquistas de brasileiros, incluindo a própria liberdade religiosa. Resumindo: querem é se intrometer na liberdade do brasileiro, interferindo na crença religiosa, proibindo pesquisas com células-tronco, vetando qualquer projeto a favor do aborto até se a mulher foi estuprada ou seu bebê tem anencefalia ou correm (ela, ou o bebê, ou ambos) corre risco de vida (e eles mesmos dizem defender a vida!). Definitivamente, assim como o cara que postou o vídeo, acho este projeto nojento porque eles querem nos sufocar com suas ideologias (já comentei em posts anteriores sobre como eles tratavam quem não fosse do grupinho deles), só se esquecem que até as denominações evangélicas brigam entre si - aquele yada-yada de "minha religião é a mais correta e a sua está condenada" e afins. Logo eles que tanto se julgam perseguidos pela sociedade... e sempre carregados de ódio. Já falei e vou repetir: DEUS NÃO É ÓDIO! DEUS É AMOR! E Deus nunca vai concordar com a conduta deles de segregação/separação religiosa.

Enfim, 3 assuntos em 1 post. Preferia ser ateu, mas sou apenas um cristão sem religião que acredita que o Amor é a resposta para todos os problemas. E Amor também envolve respeito, tolerância, e, porque não, amizade? Vão deixar suas ideologias (ou melhor, seus EGOS) te dizerem que você é superior a todos os outros? Só digo uma coisa: se vocês emanarem ódio, respondo com Amor, que foi o que Jesus Cristo me ensinou. Ah! Nos horários livres hoje comentarei sobre o SOPA nas redes, e a polêmica no BBB já é assunto passado aqui no blog.


Paz, Amor e Sorrisos! :)
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11 de jan. de 2012

[Y12P02] Big Brother Brasil: Ame-o ou Odeie-o (Mas respeite quem gosta ou não!)

Imagem: Rede Globo



Está aberta a temporada de intrigas, romances, puxadas de tapete e algum romance deste corrente ano, e também a de uma espécie de disputa paralela fora da casa e cujo prêmio R$ 0,00 (bem, poderia premiar com R$ 2,65, o suficiente para uma passagem de ônibus aqui em Santos).

A décima-segunda edição do Big Brother Brasil (BBB) começou oficialmente hoje, 10/01/2012, e com ela dois tipos de legiões populares: a dos que amam de paixão (porque querem ver a galera tomando aqueles porres num sábado de festa na casa) e a dos que odeiam com todas as forças (porque sempre associam à baixaria, sexo, português incorreto de alguns, falsidade e etc.). Fica difícil saber quem ganha e quem perde odiando quem gosta ou quem não gosta deste tipo de entretenimento. Mas, vamos a uma análise breve, fácil de você(s) entender(em).

Toda pessoa que tem o vício de assistir o BBB gosta de xeretar pela TV (ou por pay-per-view pra quem quer assistir por mais tempo) a vida de 16 participantes que não têm medo de pagar cada mico para ganhar seus 15 minutos de fama e alguns milhões de reais no final. É nítido o interesse de muitas pessoas pelo programa. Mas, também, quem nunca quis xeretar a vida do seu vizinho, do seu colega de faculdade? Como toda ação tem uma reação, eis que aparece a categoria dos "BBB Haters", que fala pra Deus e o mundo e também nas redes sociais que "BBB é um lixo, não agrega nada à sociedade e só denigre a imagem do brasileiro". Só se esquecem que o BBB é um formato importado de uma produtora com sede em Amsterdan, na Holanda - logo, não é exatamente coisa nossa.

E é justamente nisso que vem a falta de tolerância, tanto de quem gosta, como de quem não gosta. Vou fazer um pequeno comparativo entre quem gosta ou não de BBB, e como se comportam nas redes.

BBB LOVERS:

  • Têm desde as primeiras horas do programa o seu participante favorito, dadas as características que melhor lhes convém;
  • Dá uma audiência monstro;
  • A maioria é tolerante com quem não curte, mesmo tendo vontade de dar aquele "Hadouken" naquele que critica. Mas tem os que consideram quem os critica como alienados e acéfalos.

    BBB HATERS
  • Acham que é entretenimento para desviar atenção do brasileiro para diversos assuntos úteis para a sociedade;
  • Alguns reclamam de falta de conteúdo de qualidade na TV brasileira (neste caso, existem coisas piores do que BBB no ar);
  • Ameaçam dar unfollow no Twitter ou exclusão no Facebook quem postar algo relacionado ao programa - aí já considero um ato de criança mimada que não concordo mesmo!
  • Alguns se acham superiores "porque fazem tal faculdade, pertencem a tal classe, se sentem superiores por não assistir ao BBB e se acham no direito de odiar quem curte".

    Existem comparações mais apuradas que a minha, mas uma coisa é certa: odiar quem gosta ou deixa de gostar de BBB (ou gostar ou não) não vai mudar minha vida, e muito menos o programa em si. Assisto sim (embora não com tanta frequência), não posso ser hipócrita. Mas às vezes alguns extremistas passam dos limites do bom senso ao fazer ameacinhas nas redes. Quem não gosta, que não use o Twitter pra irritar quem gosta, e vice-versa. Uma frase que postei hoje no Twitter e no Facebook ganhou uns bons RT's porque faz muito sentido:

    "Um fato: ninguém fica mais culto retuitando Clarice Lispector, nem mais burro assistindo Big Brother. Vamos ser + tolerantes com diferenças?"

    Enfim, não vale a pena falar que quem tem outras coisas a fazer é mais inteligente do que quem assiste BBB todo verão. Até porque pessoas de classes A e B podem estar sintonzadas no BBB mesmo nos PPV's, e isso não é pecado. Só não pode pagar de pseudo-cult porque lê um livro, fica na base do RT em cada frase de Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu ou Paulo Coelho, faz curso superior em uma faculdade de nome (talvez só nome), ou compartilha dos mesmos pensamentos de apresentador d'O Aprendiz. Pode acabar é com o filme queimado, como um dia me queimei com estas idéias passadas. E hoje prefiro a arte saudável de conversar sobre o programa a quem se interesse. =)

    Paz, Amor e Sorrisos! :)
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  • 4 de jan. de 2012

    [Y12P01] O Vulcão dos Cyber-Intolerantes

    Depois de comer e tomar todas no Reveillón, cá estou eu no "temido" ano de 2012. E mais que rapidinho voltamos àquela rotina doída de se ver. O "Pensamentos" está em processo de troca de layout para um próprio, desenvolvido por este que vos escreve. Até lá, fica este, mais leve pra carregar.

    Rotina essa que ganhou ares sombrios: cheguei à conclusão (muitos também chegaram à mesma conclusão, só que antes de mim) de que parte insatisfeita da Geração Y anda se aproveitando de ferramentas como o Twitter para disseminar a intolerância. Sabem, aquela falta do que fazer por parte de uns, que não estudam, não trabalham, e de repente é pai ou mãe que paga as contas? Pois bem: usam o Twitter para querer ditar suas ideologias e incitar o ódio a quem tem uma cultura diferente das suas. E nem vou mencionar a intolerância religiosa porque agora é um assunto proibido aqui.



    Um exemplo: uma grande parcela de adolescentes idolatra Luan "Meteoro" Santana, Michel "Ai Se Eu Te Pego" Teló, Restart, e etc. Não entrarei na parte da idolatria porque cada um é cada um e tenho que respeitar, mesmo não sendo chegado no som deles e tendo um outro gosto musical. Aí, mostro dois lados da mesma moeda: os fãs que xingam quem não curte o som deles, e os "haters" que gostam de adicionar querosene à briga. Que que eles ganham com tanto ódio no coração? Cada jovem tem a sua época, e estes cantoures entraram na época deles, deixa eles curtirem, oras. E recentemente um adolescente, resolveu cuspir fogo em quem curte esses cantores via Twitter. Só porque ele nem passou no teste do Ídolos não significa que ele saia falando mal de todo mundo, né? O filme dele já está sendo queimado por si só, com o que ele fala. E não adianta vir me responder que ele tem razão porque o ódio nunca tem razão, ok? Pare, pense, reflita se vale a pena carregar um sentimento desenvolvido por tão pouco.

    Ódio que também foi despertado em quem se sentiu indignado com o caso do cão da raça Yorkshire no interior do Estado de Goiás. Admito que fiquei chocado com o vídeo, ainda mais que tenho um cão da mesma raça, um companheirão. E depois de um tempo implorei pro pessoal parar de repassar estes links do vídeo e o do suposto perfil dela no Twitter, porque não levaria a lugar algum (claro, depois falei que bloquearia quem insistisse nisso). Ela cometeu um crime? Cometeu. Mas não justifica esse ódio desenfreado, já que ela já vai pagar em vida nem que seja com remorso. 

    Poderia citar outras formas de vulcões de Cyber-Intolerantes, mas fica para futuros posts, até porque a ideia é enxugar ao máximo meus posts (escrevo demais e acabo por ficar chato também). Deixo aqui uma questão pra refletir.

    - Existe uma razão convincente para tanta intolerância no Brasil, principalmente estando atrás de um computador? Há uma justificativa justa pra isso? 

    Cada um com seus gostos e pronto!

    Paz, Amor e Sorrisos! :) (E preferencialmente sem ódio)
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