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14 de fev. de 2011

[Y11P08] Tal Do Amor

Valentim (Valentinus, em latim) foi um sacerdote romano da Roma Antiga que, em meio à proibição de casamentos pelo então imperador Cláudio II - que via nos jovens solteiros um contingente suficiente para alistamento no exército -, continuou celebrando casamentos à revelia do imperador. Quando foi descoberto, imediatamente foi condenado à morte. Durante o período entre a prisão e sua eminente execução, recebeu diversas cartas de jovens, que diziam acreditar no amor. Entre esses jovens, uma moça, Asterias, filha do carcereiro da prisão onde estava Valentim, fez uma visita à cela através de permissão do seu pai. Numa dessas, o próprio sacerdote e a filha do carcereiro se apaixonaram e ela, que era cega, milagrosamente recobrou sua visão. Numa carta, entregue por Valentim à Asterias, ele também se declarou a ela, e em sua assinatura estava escrito: "de Seu Valentim". O amor entre eles só não foi adiante neste plano devido à execução de Valentim, em 14 de fevereiro do ano 270 D.C.. Este milagre o tornou canonizado e, posteriormente, considerado Santo pela Igreja Católica.



Tempos depois o dia 14/02 passou a ser considerado dia santo - aliás, dia de São Valentim.

Exatos 1741 anos se passaram, e não são poucas as pessoas que desacreditaram no amor. E a culpa, na grande maioria, pertence a nós homens. Isso porque muitos aprenderam a tratar a mulher como propriedade, algo do tipo "você é minha e não deve ser de mais ninguém". Não é à toa que muitas mulheres se encontram em posição de querer ser independentes, e quase sempre com razão. Daí aprendem a blindar o coração pra evitar futuras decepções. Por outro lado começam a se sentir carentes, mesmo tendo uma postura dura consigo mesmas. E os homens não ficam para trás, uma vez que muitos têm um dossiê de quantas mulheres já ficaram, deram amassos, cataram em uma micareta e, fatalmente, usaram e jogaram fora. Porra, homens: coração de mulher não se brinca, e falo isso como homem - aliás, Macho Alfa (assunto para um dos próximos posts)!
Já diz um ditado: nunca faça alguém se apaixonar por você se você não sente o mesmo por essa pessoa (algo assim, quem tiver lendo isso, se puder corrigir, agradeço). Definitivamente é algo que abomino. Ouço muito isso na minha faculdade, de que tenho que catar mais, etc e tal. Sorry, babies, mas tenho amor-próprio. Podem me chamar do que quiserem, mas minha consciência é muito mais importante do que minha reputação.

Voltando ao lado mais genérico do post, acreditar que alguém pode disparar uma bomba-relógio para mudanças para melhor é acreditar que ainda existe sentido em sua vida. E, na boa, se não for com essa pessoa, será com outra que poderá te fazer feliz. Antes disto, faça-se feliz para fazer seu amor feliz, ok? E não espere perfeição dessa pessoa porque somos todos seres humanos imperfeitos, com defeitos e virtudes. É tudo questão de tolerância, compreensão, amizade, apoio incondicional, carinho e, claro, o Tal Do Amor.

Falando em Tal Do Amor, vai aí uma composição do músico Jay Vaquer (filho da cantora Jane Duboc, quem viveu os anos 80 e assistia progrmas de auditório da época sabe bem quem é ela), que dá título a este post.

Às vezes me sinto a peça faltando em você
Às vezes me sinto à beça, você nem merece ter

Às vezes me sinto um castigo,uma praga, sua maldição
Às vezes me sinto um abrigo,uma graça, sua salvação

Mas se me desmantelo ao acaso
Logo me refaço ao sabor do vento que sopra a favor
8 e 80 por ruas estreitas do pensamento
De todo bom jogador

Às vezes me sinto um ódio sobrando em você
Às vezes me sinto um país que você nunca vai conhecer

Às vezes me sinto arriado nos quatro pneus
Às vezes me sinto nomeado interino de Deus

Mas se me desmantelo ao acaso
Logo me refaço ao sabor do vento que sopra a favor
8 e 80 por ruas estreitas do pensamento
De todo bom jogador

E se a gente perder
Que seja derrota suada, sofrida, roubada...
De mão beijada nem a pau!
E se a gente ganhar
Que seja vitória disputada, merecida, conquistada...
Vou pro pau!
Apostar na parte bacana do tal do amor
Do tal do amor


Beijos pra torcida! (GESSINGER, Humberto. 1986)

Leandro Passos 8)
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