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19 de nov. de 2011

[Y11P34] Uma nação que suja uma nação

Aprender sobre o UCEM abriu-me os olhos porque mostra que Deus nos criou com base em Amor e Ensino. E o que temos que ensinar uns aos outros é o Amor. Como ser humano, e homem, não tenho vergonha de tratar as coisas com Amor, mesmo que às vezes a vontade que tenho (ou tinha) é dar uma de Gyodai e soltar alguns raios em quem encontrar pela frente.



Até chegar a este nível - tomar atitudes mais coerentes com minha idade biológica, 33 - entrei em cada furada que você nem imagina. Vou ser mais específico neste post sobre um grupo de pessoas que extrapola o limite do bom senso, sem denegrir - afinal, estou aqui pra compartilhar Amor, e Amor também requer Perdoar.

Por 2 anos estive em uma conhecida igreja pentecostal, cujos escândalos eram notoriamente divulgados em tudo o quanto é mídia (nem vou entrar nestes detalhes porque não é problema meu e também não é o escopo deste texto). O que eu ouvia do grupo de jovens do qual fazia parte na primeira metade da primeira década deste século era "Deus fez isso, Deus fez aquilo, Deus restaurou minha vida", por aí vai. O grande erro era eu acreditar que Ele só estaria naquele lugar - sabe como alguns membros de igrejas se comportam, né, "nós somos os certos e os outros que vão pro inferno se não se integrarem à "X" denominação". Achava que poderia conquistar a paz entre minha família estando lá. Só que com o tempo - e, pasmem, porque eu quis na época - passar de casa em casa pra convidar essas pessoas. Depois de um tempo e algumas situações nada agradáveis eu comecei a questionar 2 vezes: a atitude de algumas pessoas quanto ao comportamento de quem não vai à tal igreja, ou vai, mas julgam pessoa como "não-convertida", e as minhas próprias atitudes porque periodicamente passava um ou outro domingo fora de casa desde a manhã até comecinho da noite, e não aproveitava minha vida, nem minha família... ainda era pouco perto de uma série de fofoquinhas envolvendo minha pessoa e a de uma moça que tinha praticamente minha idade, já que ficamos próximos como amigos e inventaram que estivéssemos tendo algum envolvimento - idéia precipitada que foi aceita pelos jovens sem que nós dois fôssemos ouvidos, e piorou depois que fomos escalados para ir a um mesmo bairro periodicamente. Sabem a que conclusão que cheguei? Se eles soubessem o verdadeiro caminho a Deus, nem perderiam tanto tempo observando os passos alheios aegando "proteção". E como eu era praticamente uma ilha dentro de um grupo, não enxergava mais motivos para continuar infeliz daquele jeito. Cansei de lutar contra a maré e me desliguei da denominação em 2004 porque também cansei de ver gente deturpando a Bíblia em benefício próprio e ditando meu comportamento.

Aí, meus queridos, é que as coisas começaram a fluir em minha vida. Mas o preço que tive que pagar foi um período de 5 semanas de campainha de casa tocando semanalmente e o mesmo grupo com a mesma questão: "Porque você saiu de lá? Saiu magoado?" Caramba, Brasil! Quer dizer que eles tinham também amnésia? Porque eram os mesmos que apontavam o dedo para mim! Tratei de ser direto e rasteiro explicando o meu desligamento, não estava com paciência para mais Yada-Yada! Acredito até hoje que quando conversamos com Deus - não da forma como muitos erroneamente buscam, mas cada um buscando a sua forma de conversar com Ele -, um novo caminho é traçado visando tão somente a nossa felicidade.

Passados 7 anos, alguns cursos técnicos, a adoção da minha profissão de técnico e desenvolvedor, e uma faculdade em andamento depois, não me arrependo nem um pouco da decisão que tomei, porque a minha vida começou fora daquele ambiente onde poucos agiam corretamente, mas outros... tsc tsc tsc... com o tempo fui apagando qualquer ressentimento que cheguei a ter com relação àquele lugar e àquelas pessoas. Não evito mais trocar uma ou outra palavra, mas qualquer tentativa de convite será eduacamente recusada porque meu ciclo por lá acabou em 2004. Estava tendo alguns dos piores anos da minha vida e não queria mais passar por aquilo. É fácil culpar o "diabo", "Lúcifer", "Satanás" ou qualquer nome que eles adotem por qualquer coisa que acontece com as pessoas, mas... e suas vidas? Por isso que ser exemplo é fundamental, e espero que eles possam parar pra pensar e serem mais coerentes, com palavras e atitudes.

Quero deixar claro que não estou generalizando os neo-pentecostais, cada um tem a sua forma de pensar. Apenas algumas pessoas passam dos seus limites e acabam perdendo mais do que ganhando. Tudo que desejo a eles no momento é Amor e Sabedoria, porque eles precisam - e de muita. E Perdão... eles já têm o meu, porque não quero guardar nada. Apenas desabafei porque não desejo nem ao meu pior inimigo o que eu passei. Mesmo porque o UCEM me ensinou muito mais sobre isso em 4 meses do que os 2 anos que passei ali.

Paz, Amor e Sorrisos! :)
Leandro PassosFacebook / Google+ / Twitter / Tumblr / GetGlue

Ah! Pra quem não conhece o Gyodai que citei, ou nem se lembra de seriados japoneses...

9 de nov. de 2011

[Y11P33] Lidar com a solidão

Andei faminto nos últimos dias por inspiração para escrever neste espaço graças à uma rotina pesada, só sustentada por palavras de auto-incentivo (sou eu que me amo, né!?) e cerca de 1/2 litro diário de café, com tendência a aumentar a cota. E eis que do nada, antes de me dirigir ao trabalho (não tão do nada porque um anjo do sexo feminino me inspirou a escrever), apareceu um tema que, se eu explorei aqui, foi em uma época longínqua da época do Brasil feudal (pleonasmo feelings).



É difícil detalhar as diversas formas existentes de solidão no Sistema Solar, já que existe uma para cada pessoa, em cada época, em cada lugar. Mas começo com a forma generalizada e solidão encontrada nos dicionários: É se sentir só, como se fosse a última criatura viva da Terra.

Já tive épocas em que eu - olha a que ponto que eu cheguei - reclamava por companhia, quase que apelando para plaquinhas do tipo "free hugs*" somente para não me sentir o último dos homens - numa época em que nem imaginava a existência do movimento através do Youtube, muito menos a existência do mesmo. Por mais que eu tivesse a companhia dos meus pais e dos meus irmãos sempre teimava em reclamar de solidão. Demorei anos e anos para reconhecer que eu era carente - quanto mais as pessoas estendiam a mão, mais necessitado de gente eu era. Não que eu não quisesse mais estar rodeado de gente, mas sim de gente verdadeira. Aí veio o Séc. XXI e a visão de que muitas pessoas, por mais rodeadas que estivessem, se sentiam sós. Isto tudo sem falar em um corre-corre diário, especialmente se você mora em uma cidade densamente povoada de gente sem tempo para um bom dia, um como vai... Não falo aqui de arrumar um par cada vez que a carência bate, porque aí é pedir pra tomar toco.

Mas falo de amar a si mesmo(a).

E amar a si mesmo é se colocar em 1º lugar para depois ser valorizado por alguém. Claro que você não pode empinar o nariz e sair falando pra todo mundo: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo", aí já beira a arrogância. Mas é colocar em pauta as suas qualidades e questionar atos e fatos que te deixam em estado inerte. É redescobrir o seu valor no mundo. É tirar um peso enorme nas costas ao deixar de culpar a fulano e beltrano se você se sente on your own.

E se você se encontra em uma rede social (ou várias, como no meu caso), pode equilibrar tanto a sua vida virtual como a pessoal, sem prejuízo algum. O segredo: reclamar menos e sorrir mais. =)

Não vale a pena se martirizar porque se sente só. Seja você mesmo(a) a sua própria companhia e sorria! =)

Obrigado, Danie Baptistela, por me inspirar a escrever este post. ;)

Paz, Amor e Sorrisos! :)
Leandro PassosFacebook / Google+ / Twitter / Tumblr / GetGlue

Obs.: *abraços grátis